Como definir prioridades de limpeza e organização na casa e passar à empregada

Ao contratar uma empregada doméstica há uma série de responsabilidades que envolvem a rotina da casa que devem ser repassadas à empregada. Para uma boa relação, é essencial que o empregador saiba como organizar e transmitir corretamente as tarefas que devem ser executadas na residência.

A falta de clareza pode resultar em falhas na execução, sobrecarga de trabalho, ou até mesmo em conflitos desnecessários. Por isso, definir as prioridades de limpeza é um procedimento que traz mais eficiência ao serviço e garante que o tempo de trabalho da empregada seja bem utilizado, respeitando os limites estabelecidos pela Lei Complementar nº 150/2015 de acordo com a jornada de trabalho contratada.

Como o empregador doméstico pode organizar as atividades da casa e repassar essas orientações de forma clara à funcionária? Confira a seguir.

As prioridades variam conforme a realidade de cada residência, mas é interessante que o empregador estabeleça uma ordem de tarefas para facilitar a rotina. Essas prioridades podem ser classificadas em três grupos principais:

➔ Tarefas diárias: atividades que não podem ser deixadas de lado, como por exemplo, lavar a louça, limpar os banheiros, retirar o lixo e manter os ambientes principais organizados;
➔ Tarefas semanais: são serviços com frequência menor, mas importantes, como trocar roupas de cama e banho, passar roupas e realizar faxinas mais detalhadas em alguns cômodos;
➔ Tarefas mensais ou periódicas: incluem limpezas mais profundas, como por exemplo, vidros, áreas externas e armários.

Essa divisão permite que o empregador tenha controle sobre o que precisa ser feito em cada período, otimizando a jornada de trabalho da empregada e respeitando os limites legais.

Considere também as necessidades específicas da residência, como a presença de crianças, animais de estimação, idosos ou pessoas com mobilidade reduzida. Esses fatores influenciam diretamente na definição das tarefas prioritárias.

Definir prioridades é apenas o primeiro passo. O empregador também precisa repassar as informações de maneira clara e objetiva para evitar falhas na comunicação. Algumas boas práticas são:

➔ Listar as atividades: elaborar um cronograma escrito, dividido em tarefas diárias, semanais e mensais. Você pode criar uma tabela simples dividida por dias da semana, com colunas para tarefas diárias, semanais e mensais. Isso ajuda tanto no controle quanto no acompanhamento das atividades;
➔ Ser específico: ao invés de “limpar a cozinha”, detalhar como, por exemplo: limpar o fogão, organizar a despensa, entre outros pontos;
➔ Estabelecer frequência e horários: indicar em quais dias certas atividades devem ser realizadas;
➔ nformar prioridades excepcionais: como por exemplo, reforçar a limpeza da sala em dias de visitas;
➔ Fazer reuniões rápidas de alinhamento: uma breve conversa semanal ajuda a corrigir falhas e alinhar expectativas.

Esses cuidados tornam a comunicação mais eficiente e evitam que a empregada precise interpretar sozinha as prioridades da casa, o que pode gerar confusões.

A ausência de um planejamento claro pode trazer consequências para o empregador e para a rotina da casa. Entre os principais casos, destacam-se:

➔ Acúmulo de tarefas, o que pode levar a horas extras e custos adicionais;
➔ Serviços mal executados ou repetidos, que comprometem a organização da residência;
➔ Sobrecarga da empregada doméstica, o que pode gerar insatisfação ou até mesmo ações trabalhistas;
➔ Desorganização geral da rotina doméstica, dificultando a manutenção de uma casa limpa e funcional.

O empregador pode utilizar recursos simples para transmitir as prioridades de limpeza e organização à empregada, como:

➔ Planilhas digitais: que permitem visualizar e editar a rotina;
➔ Aplicativos de tarefas: úteis para registrar atividades e acompanhar seu cumprimento;
➔ Quadros impressos fixados em locais estratégicos da casa: para consulta rápida pela empregada.